Há bem pouco tempo se sustentava que, ao contrário dos Estados Unidos, no Brasil não havia assassinos seriais – ou serial killers – não havia uma explicação muito clara para isso. Agora eu acredito que já exista: incompetência da polícia em investigar e identificar padrões, principalmente por conta do baixo nível dos especialistas da área.
Ontem no Fantástico, foi apresentado o segundo assassino serial capturado pela polícia em poucos meses, Saílson José das Graças. Ele, assim como o chamado serial killer de Goiânia, Tiago Gomes, apenas foram presos casualmente e não fosse confessarem jamais se chegariam ao número de suas vítimas.
Mas o que mais impressiona é o baixíssimo nível técnico dos psiquiatras convocados pelo Fantástico – e que, por isso se presumem ser os mais afamados do Brasil – que, observando o depoimento de Saílson, chegaram a afirmar que não acreditavam que ele seria autor dos crimes que ele confessara.
O fundamento utilizado foi que ele não tinha a aparência – e inteligência – de um psicopata. Ora qualquer expectador de Criminal Minds poderia facilmente discutir com estes especialistas e apresentar uma série de outros crimes e situações semelhantes e diversas hipóteses para o cometimento dos crimes, a partir, por exemplo, da existência de uma personalidade dominante que comandaria a prática dos crimes, consoante já começa a se demonstrar com a apresentação de sua companheira, que, conforme uma tese seria a responsável por “administrar” a sua vida criminosa em troca de dinheiro, casa e comida.
Atualização. Em reportagem na Folha familiares dizem que o suspeito maltratava e mutilava pequenos animais domésticos, ameaçou familiares e foi levado pela mãe a um psiquiatra que não identificou nele “problemas mentais” e lhe prescreveu um calmante…
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